terça-feira, 21 de julho de 2009

História antiga

  Então galerinha, a uns tempos atrás eu tava dando uns rolés pela rua quando apareceu do nada uma cambada de marginais na esquina. Gelamos na hora, então eu e meu parceiro começamu a correr, corremu à beça até entrar numa viela estreita em algum lugar do centro. Ficamos lá por uns 10 minutos até meu parça dar uma espiada e conferir que a barra tava limpa. Saímos meio cautelosos e andamos mais um pouco até que fomos parado por um carinha boa pinta que nos comprimentou com um: “e aeee bicho, de boa?” Respondemos que sim e logo conferimos que esse era um sujeito boa pinta e que tava chapadão de linguiça já. Ele nos chamou pra uma festinha na praia onde a rapaziada iria botar pra quebrar legal a noite inteira. Nos fomos, qualquer coisa pra fugir dos maloqueiros assaltantes/homicidas/corinthianos. No caminho ele foi falando uns trecos que sinceramente não entendi bulhufas e contando sobre seu chapa do sul que era um chato de galocha e que tinha passado a perna nele algumas vezes. Segundo ele, o seu chapa tinha comido sua mulher no porão e quando ele pegou os dois no flagra o sujeito tinha apenas dito:  “bobeou, dançou meu camarada”. Foi um treco de lascar mesmo.
  Mas ok, estávamos a caminho da festa que segundo ele já devia estar bombando, nos iríamos estourar a boca do balão por la e fazer amizades seria mó fichinha, até que o velho hippie parou meio griladão do nosso lado. Nos ficamos grilados também com o que tinha acontecido, então perguntamos pro velho o que havia. Ele respondeu bem de boa:
- Po, saca aquele camarada lá na frente?
- Pode crer mermão, tamu ligados.
- Jóia, eu to sem nenhum tutu no bolso, então vamu estourar ele, beleza? Roubar até a hemorróida do bastardo.
- Supimpa cara, mas vamos pegar leve com ele.
- Nem, ele parece ser duro na queda, o negócio vai ser assim, tu corre, bate nele com um pedaço de pau e então xispa de lá.
- Dexa comigo.
- Xuxu beleza? Então manda brasa e sebo nessas canelas.
  Eu corri pro cara com um pedaço de pau nas mãos, mas quando tava chegando perto vi mó galera vindo na minha direção. “Pelas barbas do profeta”, pensei com meus botões, e então voltei pra onde estávamos. Tentei explicar pro velho que tava chegando um mundaréu de gente e que não ia voltar pra lá nem que a vaca tussisse. Ele mandou eu parar com o lero-lero, me chamou de amigo da onça e disse ainda que ele estava só o pó da rabiola e não poderia fazer isso sozinho. Pensei novamente – que pangaré esse cara – então o vi tirando o pau da minha mão e indo até ele. Eu sabia que o que ele estava tentando fazer era matar o cachorro a grito, mas fiquei quieto e deixei ele mandar brasa. Vi de longe o maior pega pra capar de minha vida, a parada tava dura lá.
  Antes do velho cair morto na rua todo ensanguentado começou a cair o maior toró e ficamos todos molhados. Voltamos pra casa e meu velho perguntou o que eu tinha feito. Respondi que tinha visto um camarada morrer e dormi em paz pelo resto da noite.
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  Moral da história: Borboletas quando avoam, em um terreno não repousam, pois os homens que a assoam, vão pro mar que os corroam. Oo. (sim, to bêbado).
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  Inspiração pra esse post veio do blog cambalacho

2 comentários:

Isabel Carvalho disse...

huasuhauhs, ri muitoo!! Gírias antigas por bosta!!!

Anônimo disse...

MUITO LEGAL FICO MAO MASSA O BLOG PARABENS FOI DO CAMBALACHO QUE TUIS TIRO NÉ FICO MANERO MANO, E DEIXA DE BEBER